domingo, 30 de dezembro de 2012

ANTÔNIO CONSELHEIRO E O MASSACRE DE CANUDOS






Por Cássio Ribeiro

Quem anda pelas ruas, viadutos e praças de Guaratinguetá, cidade do Vale do Paraíba Paulista com aproximadamente 430 mil habitantes, mesmo que não perceba as expressões profundamente e nem preste muita atenção, acaba atingido de alguma forma em termos de linguagem midiática produzida pelo povo, principalmente por suas camadas menos favorecidas.



É a Folkcomunicação ou Comunicação do Povo, que, a partir da definição dada por Luiz Beltrão nos anos 60, passou a ser entendida sociologicamente como a comunicação realizada pelos marginalizados, que não tem acesso para emitir as expressões de suas opiniões na grande mídia.



Ainda que haja a possibilidade atual de utilização das mídias eletrônicas com suas redes sociais para tal, os agentes tradicionais anônimos da Folkcomunicação urbana se apropriam de monumentos, edifícios e vias públicas como o canal direto para suas expressões midiáticas, que definem certas vezes idéias e ideais das classes menos favorecidas de uma sociedade.



Expressão de Folkcomunicação, sem exceção, toda cidade do mundo tem a sua. O ensaio fotográfico desta semana buscou mostrar a expressão da Folkcomunicação de Guaratinguetá, partindo do plano fechado e indo até ângulos do cotidiano da cidade em uma tarde normal de segunda-feira. 



A sociedade se movimenta e existe ao mesmo tempo em que recebe tais mensagens. Uns entendem alguma coisa, recebem algo, outros repudiam levemente, terceiros se enervam e amaldiçoam quem as fazem, mas na lógica comunicativa humana todos recebem, de certa forma, algo dessas expressões. A grande variação ocorre em como cada um as absorve, e como forma sua opinião sobre as mesmas posteriormente.


Quem passa pelo Viaduto Rosinha Fillipo, entre os bairros do Pedregulho, Campo do Galvão e Vila Paraíba, pode observar a curiosa imagem abaixo:





 























A mesma imagem, que demonstra o uso de uma espécie de gabarito, tela ou forma para gravá-la na parede, pode ser observada na rua Antenor de Vasconcelos Cardoso, próximo à SABAP, no bairro do Pedregulho:














 Já na rua Henrique Dias, no bairro do Campinho, as anônimas amigas Maju, Brenda e Beh, provavelmente do bairro Tamandaré, resolveram selar e declarar publicamente sua amizade:



















No Centro da cidade, à rua Coronel Virgílio, o gigante do desenho abaixo deixa a dúvida se assusta quem passa ou se é assustado pelos transeuntes:









  


O mesmo desenho pode ser observado na Praça São Benedito, junto com um "companheiro" verde:










Na rua Pedro Cápio, no muro do Ginásio de Esportes da SABAP, no bairro Pedregulho, muitos que passam tem a sensação de estarem sendo observados pela expressão do desenho abaixo:













 

Ainda na rua Pedro Cápio, mais adiante, alguns recados característicos da Folkcomunicação são dados sobre a marquise do antigo cinema:











Vale lembrar que a pichação comum no Brasil, ao contrário do grafite, é considerada crime:








 

domingo, 23 de dezembro de 2012

ENSAIO: A FOLKCOMUNICAÇÃO DE GUARATINGUETÁ






Por Cássio Ribeiro

Quem anda pelas ruas, viadutos e praças de Guaratinguetá, cidade do Vale do Paraíba Paulista com aproximadamente 430 mil habitantes, mesmo que não perceba as expressões profundamente e nem preste muita atenção, acaba atingido de alguma forma em termos de linguagem midiática produzida pelo povo, principalmente por suas camadas menos favorecidas.



É a Folkcomunicação ou Comunicação do Povo, que, a partir da definição dada por Luiz Beltrão nos anos 60, passou a ser entendida sociologicamente como a comunicação realizada pelos marginalizados, que não tem acesso para emitir as expressões de suas opiniões na grande mídia.



Ainda que haja a possibilidade atual de utilização das mídias eletrônicas com suas redes sociais para tal, os agentes tradicionais anônimos da Folkcomunicação urbana se apropriam de monumentos, edifícios e vias públicas como o canal direto para suas expressões midiáticas, que definem certas vezes idéias e ideais das classes menos favorecidas de uma sociedade.



Expressão de Folkcomunicação, sem exceção, toda cidade do mundo tem a sua. O ensaio fotográfico desta semana buscou mostrar a expressão da Folkcomunicação de Guaratinguetá, partindo do plano fechado e indo até ângulos do cotidiano da cidade em uma tarde normal de segunda-feira. 



A sociedade se movimenta e existe ao mesmo tempo em que recebe tais mensagens. Uns entendem alguma coisa, recebem algo, outros repudiam levemente, terceiros se enervam e amaldiçoam quem as fazem, mas na lógica comunicativa humana todos recebem, de certa forma, algo dessas expressões. A grande variação ocorre em como cada um as absorve, e como forma sua opinião sobre as mesmas posteriormente.


Quem passa pelo Viaduto Rosinha Fillipo, entre os bairros do Pedregulho, Campo do Galvão e Vila Paraíba, pode observar a curiosa imagem abaixo:





 























A mesma imagem, que demonstra o uso de uma espécie de gabarito, tela ou forma para gravá-la na parede, pode ser observada na rua Antenor de Vasconcelos Cardoso, próximo à SABAP, no bairro do Pedregulho:














 Já na rua Henrique Dias, no bairro do Campinho, as anônimas amigas Maju, Brenda e Beh, provavelmente do bairro Tamandaré, resolveram selar e declarar publicamente sua amizade:



















No Centro da cidade, à rua Coronel Virgílio, o gigante do desenho abaixo deixa a dúvida se assusta quem passa ou se é assustado pelos transeuntes:









  


O mesmo desenho pode ser observado na Praça São Benedito, junto com um "companheiro" verde:










Na rua Pedro Cápio, no muro do Ginásio de Esportes da SABAP, no bairro Pedregulho, muitos que passam tem a sensação de estarem sendo observados pela expressão do desenho abaixo:













 

Ainda na rua Pedro Cápio, mais adiante, alguns recados característicos da Folkcomunicação são dados sobre a marquise do antigo cinema:











Vale lembrar que a pichação comum no Brasil, ao contrário do grafite, é considerada crime: